Construção modular é, hoje, sinônimo de modernização no setor da construção civil, como comenta o entendedor de engenharia Paulo Twiaschor. Tendo isso em vista, a técnica deslocou boa parte do trabalho do canteiro para fábricas climatizadas, trazendo ganhos que há poucos anos pareceriam impossíveis. Pois, ao trocar o improviso pela padronização dos módulos, as empresas reduzem custos, garantem qualidade e ainda atendem às exigências ambientais mais rígidas.
Sem contar que, ao mesmo tempo, a construção modular encurta cronogramas sem comprometer a segurança, porque cada peça sai pronta para encaixar naquela sequência de montagem definida em BIM e validada em laboratório. Então, quer descobrir como aproveitar esses benefícios no seu próximo empreendimento? Descubra, nos próximos parágrafos!
Como a construção modular revolucionou os canteiros de obra?
A primeira grande mudança está no conceito de obra enxuta. Com a maioria dos componentes fabricados off-site, o canteiro se torna uma área de montagem e não de produção, eliminando atrasos causados por intempéries e escassez de mão de obra especializada. Aliás, ao concentrar a fabricação em linhas industriais, é possível aplicar controles de qualidade inspirados na manufatura automotiva e alcançar tolerâncias milimétricas, algo raro no modelo convencional de alvenaria.

Outro ponto decisivo é a logística, de acordo com o executivo Paulo Twiaschor. Os módulos saem da fábrica etiquetados, com instalações elétricas, hidráulicas e de climatização prontas. Basta posicionar cada unidade de acordo com o cronograma sequenciado pelo software de gestão. Inclusive, essa previsibilidade reduz retrabalhos, minimiza riscos de acidentes e permite que as equipes de acabamento atuem em paralelo.
Quais ganhos de produtividade a construção modular oferece?
Segundo o conhecedor Paulo Twiaschor, a produtividade aumenta porque a construção modular agrega valor antes mesmo do início da concretagem, integrando arquitetura, engenharia e fornecedores num fluxo digital único. Uma vez que modelos 3D detalham todos os encaixes, evitando interferências de campo. Essa integração elimina erros de interpretação de projeto e facilita a rastreabilidade de cada peça, recurso essencial para certificações de sustentabilidade como LEED e EDGE. Ademais, o ambiente fabril garante ritmo constante, sem interrupções por chuva ou falta de materiais.
A redução de resíduos na construção modular
Embora a produtividade seja o argumento mais lembrado, a construção modular também se destaca pela gestão inteligente de resíduos. A seguir, veja como os módulos reduzem esse índice a patamares inéditos:
- Precisão na produção das peças, diminuindo sobras de concreto, aço e madeira.
- Reaproveitamento de aparas e rejeitos dentro da própria fábrica, gerando economia circular.
- Otimização de transporte, reduzindo o número de viagens e, portanto, as emissões de CO₂.
- Menor necessidade de contenções e terraplenagem, porque os módulos exigem fundações mais leves.
- Facilidade de desmontagem e reciclagem dos componentes ao fim da vida útil da edificação.
Essas práticas permitem que empreendimentos modulares gerem menos resíduos sólidos quando comparados às obras convencionais de porte equivalente, reforçando o compromisso do setor com metas globais de descarbonização.
Integração digital e padronização dos módulos
Outro pilar da construção modular é a padronização, que só se torna viável com suporte de tecnologias como BIM, IoT e gêmeo digital. Ao integrar sensores nos módulos, os gestores monitoram temperatura, vibração e umidade em tempo real, detectando desvios antes que se tornem falhas estruturais. De acordo com Paulo Twiaschor, essa cultura de dados cria um ciclo de melhoria contínua: feedback de campo alimenta a engenharia de produto, que ajusta dimensões e materiais para as próximas séries.
Além disso, a padronização facilita expansões futuras. Um hotel, por exemplo, pode dobrar a capacidade simplesmente acoplando novos blocos pré fabricados sem interromper a operação. Dessa maneira, a flexibilidade do sistema modular aumenta o valor do ativo, pois possibilita reconfigurações rápidas conforme as demandas de mercado evoluem.
Os desafios para o mercado brasileiro
Mas, apesar dos avanços, a construção modular ainda enfrenta barreiras no Brasil. A principal é a cadeia de suprimentos limitada, concentrada em poucas regiões. Assim sendo, iniciativas de capacitação, incentivos fiscais e normalização técnica serão decisivas para democratizar o modelo. Governos estaduais já estudam linhas de crédito específicas e atualização de códigos de obra, reconhecendo o potencial da metodologia para habitação popular.
A construção modular é o futuro da engenharia
Em conclusão, vivemos a transição de uma engenharia artesanal para um modelo industrializado, digital e sustentável. Isto posto, a construção modular, ao acelerar prazos, reduzir resíduos e criar ambientes de trabalho mais seguros, posiciona-se como solução estratégica para desafios urbanos e climáticos, como ressalta o entendedor de engenharia Paulo Twiaschor. Desse modo, investidores, gestores públicos e profissionais de obra que compreenderem essa tendência sairão na frente, capturando ganhos de produtividade e reputação ambiental.
Autor: Yuliya Ivanov