A reconstrução mamária é uma parte crucial do processo de recuperação para mulheres que passaram por mastectomia devido ao câncer de mama. Segundo Ailthon Luiz Takishima, médico e cirurgião plástico com três décadas de experiência, existem diferentes abordagens para reconstruir a mama, sendo as mais comuns o uso de implantes ou tecidos naturais (autólogos). Cada método possui suas vantagens, desvantagens e considerações que devem ser discutidas com um médico especialista.
A seguir, vamos explorar as principais diferenças entre essas opções, para ajudar as pacientes a tomarem uma decisão informada sobre qual abordagem seguir.
Quais são as diferenças entre a reconstrução com implantes e a com tecidos naturais?
A principal diferença entre as duas técnicas é o material utilizado na reconstrução. A opção com implantes envolve a inserção de próteses de silicone ou solução salina para criar uma forma mamária. Já a reconstrução com tecidos naturais utiliza a própria pele, gordura e, às vezes, músculos da paciente para criar a nova mama. De acordo com o Dr. Ailthon Luiz Takishima, ambas as opções têm como objetivo restaurar a simetria e a estética, mas enquanto os implantes oferecem uma solução mais imediata, os tecidos naturais tendem a proporcionar um resultado mais natural e duradouro.
Enquanto os implantes podem exigir uma recuperação mais rápida, eles podem não proporcionar a mesma sensação ou aparência de uma mama natural. Além disso, os implantes podem necessitar de manutenção, como trocas ao longo do tempo, o que não ocorre com os tecidos naturais. Por outro lado, a reconstrução com tecidos naturais pode envolver uma cirurgia mais complexa e um período de recuperação mais longo, devido ao fato de envolver remoção de tecido de outras áreas do corpo.
Quais são os riscos e complicações associadas a cada método?
Ambos os métodos de reconstrução têm seus próprios riscos e potenciais complicações. No caso dos implantes, o risco de ruptura ou deslocamento das próteses, infecção, contratura capsular e alterações no formato da mama são algumas das complicações mais comuns. Além disso, como elucida Ailthon Luiz Takishima, cirurgião plástico de modelos e famosas, embora raros, os implantes podem desencadear reações alérgicas ou ser afetados por infecções ao longo do tempo, exigindo novas intervenções.
A reconstrução com tecidos naturais, embora geralmente mais segura a longo prazo, não está isenta de riscos. A remoção de tecidos do próprio corpo pode resultar em complicações como necrose do tecido, infecção ou falha na cicatrização. Além disso, o processo pode ser mais desgastante para o corpo devido à necessidade de retirar tecidos de outras áreas, podendo também afetar a função dessas regiões. A decisão sobre qual abordagem escolher deve levar em consideração esses potenciais riscos, bem como a saúde geral da paciente.
Qual é a abordagem mais indicada para diferentes casos?
A escolha entre implantes ou tecidos naturais depende de diversos fatores, como o estado geral de saúde da paciente, suas preferências pessoais e as recomendações médicas. Pacientes mais jovens e com boa saúde geralmente podem optar pela reconstrução com tecidos naturais, já que os riscos e o tempo de recuperação podem ser mais facilmente tolerados. Além disso, aqueles que não desejam realizar futuras cirurgias para substituição de implantes também podem preferir essa abordagem.
Por outro lado, mulheres que buscam uma reconstrução mais rápida ou que possuem limitações para realizar uma cirurgia complexa podem escolher a opção de implantes. Embora essa seja uma solução menos invasiva, é importante que as pacientes estejam cientes da necessidade de monitoramento e possíveis intervenções ao longo do tempo. Como expõe o médico Ailthon Luiz Takishima, a abordagem mais indicada deve ser discutida com o cirurgião plástico, levando em conta a saúde e os objetivos de cada paciente.
Escolhendo a melhor opção de reconstrução mamária para cada paciente
Em resumo, ambas as opções de reconstrução mamária – com implantes ou tecidos naturais – oferecem benefícios significativos para a recuperação estética e emocional de mulheres após a mastectomia. A escolha entre esses métodos depende das preferências pessoais, condições de saúde e expectativas quanto aos resultados. É fundamental que cada paciente discuta suas opções com um especialista, levando em consideração os riscos, benefícios e o impacto a longo prazo de cada procedimento. O objetivo é garantir que a reconstrução seja uma parte positiva do processo de recuperação, ajudando a restaurar a autoestima e a qualidade de vida da paciente.
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