A ideia de produzir brinquedos à mão pode parecer um resgate romântico da infância de outras gerações, ou apenas uma ideia ultrapassada. De acordo com o CEO Lucio Winck, essa escolha pode ser também uma excelente estratégia de diferenciação e posicionamento. Em tempos de excesso de plástico e estímulos digitais, o artesanato voltou a chamar atenção, e com potencial de mercado.
O que os brinquedos manuais oferecem que os industrializados não conseguem?
Cada peça feita à mão carrega uma história própria. Essa personalização cria uma conexão emocional que dificilmente um brinquedo em série consegue gerar. Além disso, muitos pais buscam hoje produtos mais seguros, sustentáveis e com apelo educativo, três características fortes nos brinquedos artesanais. O toque humano, o cuidado nos detalhes e a sensação de exclusividade se tornaram grandes ativos.
O design manual permite mais liberdade criativa dos criadores, variedade de materiais e até a inclusão de temas culturais locais, explica o CEO Lucio Winck, pois a criação manual é única e inclui particularidades do processo de produção. Isso abre espaço para brinquedos que refletem identidade, valores e memória afetiva. E quando bem comunicada, essa proposta encanta pais e filhos, criando um público fiel e engajado.

Mas e o custo? Dá para competir com os preços da indústria?
Essa é uma das principais dúvidas de quem pensa em investir no artesanal. De fato, o custo por unidade tende a ser mais alto, pois a indústria automatiza grande parte dos processos de produção em escala. Mas o consumidor desse nicho geralmente está disposto a pagar mais por originalidade, segurança e propósito. A chave está em valorizar o produto com uma boa narrativa, uma marca bem construída e uma estratégia de vendas coerente.
Além disso, muitos produtores de brinquedos manuais optam por edições limitadas ou sob encomenda, o que reduz desperdícios e cria senso de urgência. O CEO Lucio Winck destaca que, quando bem posicionados, esses brinquedos não competem por preço, competem por valor. E essa diferença pode sustentar margens mais saudáveis e um negócio duradouro.
Quais cuidados são importantes ao entrar nesse segmento?
Mais do que talento artesanal, é essencial entender o público e seguir normas de segurança. Brinquedos infantis devem atender a regulamentações rigorosas para entrarem no mercado, mesmo sendo feitos à mão. Também é fundamental planejar bem a logística de produção, embalagem e entrega, já que o trabalho manual exige mais tempo e controle de qualidade.
Ademais, o CEO Lucio Winck ressalta que o marketing precisa ser autêntico. Mostrar o processo de criação, destacar os bastidores e contar quem está por trás de cada peça são exemplos de ações que criam conexão com o consumidor. Em tempos de busca por propósito e consumo consciente, essa transparência pode ser justamente o diferencial que coloca o produto em destaque.
Para não perder de vista
Brinquedos feitos à mão são mais do que objetos lúdicos, são experiências afetivas, culturais e estéticas! Com planejamento, autenticidade e estratégia, esse nicho tem se mostrado não só possível, mas promissor. O CEO Lucio Winck conclui que quando o brinquedo carrega alma, ele também carrega valor, e esse valor vai muito além do preço de venda.
Autor: Yuliya Ivanov